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Archive for the ‘Criacionismo’ Category

Antes de mais nada, leiam aqui.

Podem ler, também, no Bule Voador (aproveitem e leiam os comentários de lá, pois vamos usar alguns aqui).

Em resumo, está sendo contruído um parque temático criacionista, que, segundo este site, está tendo a quarta parte financiada pelo estado.

E por causa disso, vários ateus estão reclamando. E como veremos a seguir, não há um único argumento racional do lado deles.

Obviamente, não estou contando as alegações de que o tema do parque seria uma mentira, um mito, ficção, etc… pois não são argumentos, apenas baderna. Enfim ,vejamos a argumentação dos ateus no Bule voador – No outro canal, há apenas um comentário vazio (em termos de argumento):

Bosco: Investir vinte cinco milhões de dinheiro público num deserviço a ciência e na apologia da mentira! (…)

Análise: O comentarista apenas esqueceu-se de que o investimento também irá gerar empregos, direta e indiretamente. No mais, não há qualquer relação entre a construção de um parque e desserviço à ciência (o que seria isto, afinal?).

Continuando:

Gerson B: Que tal estátuas de adúlteras pros devotos treinarem sua pontaria em apedrejamentos? Pra mais realismo podiam usar aqueles alvos onde pessoas enfiam suas cabeças, só que em buracos no chão. Com adulteros de verdade, condenados pela lei civil. O Estado não vai colaborar?

Ou um parque com leões vivos onde os visitantes poderão demonstrar sua fé, como Daniel na cova! Emocionante (eu tinha pensado numa fornalha como a de Sadraque, Mesaque e Abednego, mas estamos em época de poupar energia. Leões são mais ecológicos e fofos)!

Análise: Aqui, apenas aplicação da técnica de que “A Bíblia e o Cristianismo são imorais pois a Bíblia tem coisas feias”. Ora, mas o propósito da Bíblia nunca foi ser um livro bonitinho… A Bíblia tem caráter histórico, e este não pode ser negado pela boa vontade de quem lê. Todos os relatos bíblicos que contém imoralidade em qualquer nível consta no registro por ser factual, e não por ser bonitinho.

No mais, apenas bobagens sem lógica.

Vamos para o próximo:

Gláucio Pigati: Eu acho isso ridículo. Não deveria ser permitido o uso de dinheiro público pra isso.
Poderiam usar qualquer outra temática, menos uma de cunho religioso.

Análise: Não há qualquer base para o que ele disse, apesar de respeitar a opinião dele.

Por que é que deve ser vetado a colaboração do Estado em obras que tenham cunho religioso, sobretudo quando esta obra gera empregos, o que independe completamente da religião? A opinião dele vai contra a definição de Laicismo. Laicismo que, supostamente, ele defende…

Enfim, esta é a pouca argumentação oferecida pelos comentaristas do Bule até agora.

O resto é apenas pérola e aplicação de falácias conhecidas, incluindo a velha estória de que “O dinheiro poderia ter sido usado para construir escola, hospital e delegacia”. Teve até gente falando que “O parque vai precisar da ciência para ser construído”.

Mas afinal, por que é que alguns ateus buzinam tanto com notícias como esta?

A resposta é simples: O ateu apenas revolta-se quando o beneficiado é o teísta, o religioso, ou a religião.

Se o financiamento fosse referente a um museu “comum”, com toda a mitologia darwinista (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 – Com os cumprimentos do Marcos Sabino), certamente nenhum ateu estaria a reclamar.

Pelo contrário. Acho até que iriam comemorar o “avanço da ciência” – apesar da ciência passar longe quando se trata da interpretação dos ossos dos dinossauros.

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O evolucionismo teísta (não deve ser confundido com Criacionismo progessivo ou com Design Inteligente) é a idéia de que o evolucionismo pode ser conciliado com o relato da criação, que está contido no Gênesis (No caso do cristianismo – outros casos não serão abordados aqui).

Se me perguntarem, acho esta descrição (e outras parecidas) um bocado estúpida, uma vez que a verdade é que o criacionismo clássico (contextual) já vai muito bem com a ciência, principalmente com o evolucionismo. Já falei disto aqui. Uma descrição que cai melhor, então, é de que o evolucionismo teísta é a idéia de que a história evolutiva da vida (e não o evolucionismo) pode ser conciliada com o relato da criação.

Alargando um pouco mais esta definição, o evolucionismo teísta aceita a idéia de que Deus existe e é o criador da vida, mas apenas da forma inicial, que deu origem a todas as outras. A bíblia é para ser interpretada (e reinterpretada se for necessário) de acordo com o “conhecimento” de história evolutiva a um certo momento.

Em outras palavras, não é preciso ir muito longe para saber que o evolucionismo teísta vai diretamente contra o que diz a bíblia.

Aqui, mostrarei alguns motivos pelos quais o evolucionismo teísta deveria ser analisado e recusado pelos cristãos que o defendem (lembremos que não estou a falar do evolucionismo), da mesma forma que eu recuso.

O evolucionismo teísta faz uma apresentação falsa de Deus.

A bíblia diz que Deus é perfeito (Mateus 5:48) e Sua criação, perfeita (Deuteronômio 32:4) e muito boa (Gênesis 1:31). O apóstolo João nos diz que Deus é amor, luz e vida (I João 4:16 / 1:5 / 1:1-2).

A interpretação naturalista, ao admitir os processos evolutivos como principais agentes na diversificação da vida (principalmente com a morte, mas incluindo também a fome, as doenças e o predatismo em vários níveis) coloca-se contra estas e várias outras passagens bíblicas.

O evolucionismo teísta nega as principais doutrinas bíblicas.

A leitura “não literal” dos eventos do Gênesis (e, portanto, qualquer outra passagem) não é a forma correta de interpretar o relato da criação. Isso porque a leitura “literal”, que na verdade é contextual, é a única que se encaixa com a narração e com a doutrina bíblica.

Por causa disso, a maior parte das doutrinas bíblicas para de fazer sentido automaticamente. Alguns exemplos são:

  • A bíblia como sendo autoridade, toda ela inspirada por Deus (1 Timóteo 3:16);
  • Os 10 mandamentos, em especial o quarto, que menciona a semana da criação*;
  • A necessidade de arrependimento do Ser humano, por ter-se separado de Deus ainda no princípio (Gênesis 3) com a entrada do pecado no mundo, bem como praticamente tudo que diz respeito à salvação;
  • O nascimento virginal de Jesus Cristo como sendo a encarnação de Deus (não poderia ser explicado sem a “luz” darwinista, ou ainda, da própria biologia – uma mãe virgem?!);

Outro ponto importante é que Jesus Cristo menciona a Criação, sem margem de interpretação naturalista – macho e fêmea ao princípio (Mateus 19:4-5). Com a leitura naturalista, temos também que Jesus Cristo estaria errado (o que é improvável – Não sabia o filho do Deus Criador a saber do que falava?).

Obs: Isto acontece, também, para o Dilúvio e para o caso de Jonas (ambos também vistos como alegorias por alguns cristãos “não literais”).

Sendo assim, o evolucionismo teísta afasta o homem de Deus. Essa é a conclusão a que chegamos?

Talvez. Fica o espaço para os evolucionistas teístas cristãos defendam por qual razão devemos interpretar o Gênesis fora de seu contexto original.

Até agora, a leitura com base na história evolutiva da vida não passa de uma falsificação do texto original.

*Êxodo 20:11 explica a razão pela qual Deus criou o mundo em 6 dias, nem menos, nem mais. Portanto, a acusação contra os criacionistas cristãos de “Self Service” não é justificada.

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Aqui inicia a série de entradas sobre evolucionismo e a teoria da evolução*.

Vale lembrar que este blog não defende o evolucionismo fora da ciência (que é o evolucionismo que não se sustenta nas observações científicas, mas em métodos que, como será discutido mais à frente, não são fiáveis no que toca a ciência).

Enfim, será apresentada uma análise breve de como se dá evolução, cientificamente, e então serão apresentadas as contradições entre o evolucionismo científico e o criacionismo bíblico.

Mecanismos/Processos evolutivos

  • Adaptação;
  • Deriva genética;
  • Especiação;
  • Fluxo gênico;
  • Mutação;
  • Seleção natural.
  1. Adaptação:  Características presentes em seres vivos que beneficiam os indivíduos em determinado habitat. Tais características são adquiridas através de variação entre gerações, sendo filtradas por seleção natural;
  2. Deriva genética: É responsável pelas mudanças em ocorrências de genes (alelos) variantes em uma população. Difere da seleção natural por não possuir um padrão de observação, sendo, portanto, considerada aleatória;
  3. Especiação: Processo que dá origem a novas espécies de seres vivos, através de processos que ocorrem em espécies que já existem;
  4. Fluxo gênico: É a tranferência de genes entre populações de uma mesma espécie. É um processo que age na direção oposta à especiação, recombinando o pool genético em pelo menos uma das populações;
  5. Mutação: Representa as mudanças que ocorrem em sequências de nucleotídeos no material genético (Pool genético) de um ser vivo ou população. Não são necessariamente transmitidas à descendência;
  6. Seleção natural: Trata-se da simples seleção dos organismos mais adaptados a um determinado habitat. Organismos mais adaptados e que possuem maior chance de sobrevivência geralmente terão vantagens sobre os menos adaptados.

Existem contradições entre os mecanismos/processos evolutivos e o relato criacionista bíblico?

Não existem. Pelo contrário, o modelo criacionista, enquanto proposto como explicação do surgimento e desenvolvimento da vida, depende de alguns os processos acima. Alguns exemplos:

  • Sem a adaptação, não se poderia explicar a presença de seres vivos de mesmo gênero adaptados a diferentes climas (como os ursos polares, por exemplo), caso considere-se que a vida foi criada, inicialmente, em uma única porção da Terra (o que não é defendido pela bíblia, inclusive).
  • Sem a especiação, não se poderia explicar a biodiversidade atual a partir de um número menor de tipos criados (principalmente após o dilúvio), respeitando-se a diferença entre o conceito atual de espécie (cunhado por Lineu no século 18) e o conceito bíblico, não especificado, que pode ser muito mais abrangente.
  • Sem mutações genéticas, não se poderia explicar a variação que ocorre nos seres vivos, ou a deterioração fenotípica das formas de vida, incluindo o “mau design” de Dawkins**.

Outros processos não apresentam problemas quando colocados à mesa com o criacionismo. Alguém a citar a seleção natural como forma de refutar o criacionismo não parece ser o tipo que estuda lógica.

Ora, mas se os mecanismos e processos observados na biologia não contradizem o criacionismo, porque é que alguns ateus apresentam a evolução como uma refutação ao criacionismo bíblico?

Podem ser várias razões. Vai desde a inépcia do ateu proponente até uma tentativa de enrolação, ou pregação de ateísmo.

E como podemos ver aqui, a biologia em uma discussão sobre criacionismo é sempre bem vindo.

*Este blog não propõe-se a ensinar evolução, embora possa se aprofundar em questões caso seja necessário para uma entrada específica.

**O “mau design” de Dawkins será discutido em uma entrada específica no blog.

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Não é novidade que o criacionismo é muito criticado, principalmente nos meios científico e acadêmico – em que alguns cientistas e professores chegam até mesmo a perder o emprego por acreditarem na Criação ou até mesmo em propôr o Design Inteligente. Seguem alguns casos:

Crítica injusta ao criacionismo

Mas há também outra forma de crítica ao criacionismo, e esta parte dos cristãos (geralmente de cristãos evolucionistas, que acreditam em Deus como o regente da evolução, mas também pode vir de criacionistas), que é apresentada ao criacionismo: O criacionismo como fraqueza defensiva para o cristianismo.

E em cima desta crítica eles apóiam algumas declarações. A principal delas é de que o criacionismo não é necessário para o teísmo, e por isso pode ser deixado de lado, uma vez que “enfraquece a posição teísta perante uma discussão”.

Essa crítica tem alguns problemas.

O primeiro deles é a confusão entre o teísmo e o teísmo cristão (ou ainda o cristianismo). De fato, não faz sentido defender o criacionismo em uma discussão sobre o teísmo, mas o mesmo não acontece quando a discussão é sobre o cristianismo, uma vez que a criação é um relato bíblico.

Há também a falta de compromisso com a verdade. O criacionismo sequer é investigado, e assume-se a posição de que ele é irrelevante, e ele não é (como será mostrado neste blog).

O terceiro é o recuo perante questionamento de ateus, ou ainda, ataques feitos por neo ateus ao relato bíblico. O que defino como covardia.

Ou seja, a crítica por si só não se sustenta. Nem mesmo logicamente. Não é justa.

Então, de quem é a culpa?

Ora, se existe baixaria na área da biologia (principalmente no que toca às origens) e tem criacionismo metido no meio, mas a culpa não é do criacionismo, de quem é?

Há várias razões para achar que é de alguns defensores do criacionismo. A forma como defendem o criacionismo pode não estar correta afinal. Ou ainda, de outros que são contrários ao criacionismo, ou a defendê-lo. Ou de ambos.

Não parece certo. Vamos analisar uma situação parecida.

Quando um ateu expõe supostas contradições bíblicas, o que o cristão faz? Diz que as passagens são alegóricas/metafóricas, ou que as contradições “não provam que Deus não existe”? Difícil.

Eu faço diferente. Eu investigo a argumentação do ateu e demonstro logicamente que a contradição não existe, e caso haja uso de estratagemas e picaretagem intelectual, o sujeito será exposto. E faço o mesmo quando o criacionismo é supostamente refutado por alguns ateus.

Creio que a maioria também faz isto. É o certo. E essa ação (defesa da bíblia e refutação aos argumentos ateus) vale para qualquer passagem bíblica.

Ou seja: O criacionismo não é um ponto vulnerável para o teísmo cristão senão pela forma como é tratado pelos cristãos. A ausência de um posicionamento de defesa por parte de cristãos “mansos” é uma brecha. A forma como é defendido, em alguns casos, também.

Como defender o criacionismo, então?

Vamos supor que estamos em um jogo de Age of Empires, e que você disputa contra outro jogador. Cada um organiza sua cidade, seu ataque e sua defesa.

A um dado momento, você encontra uma fonte valiosa de recursos, que podem ser usados para melhorar a tua situação no jogo.

Tens de escolher entre colocar muros em volta ou construir um forte adjacente, para garantir que os recursos serão teus.

E é mais ou menos isso que acontece: Alguns “defensores” do criacionismo acabam por fazer uma defesa pobre do relato bíblico, que não aguenta segundos de análise. Quase não conhecem argumentos, e os poucos que conhecem, usam de forma errada, inclusive defendendo coisas que o criacionismo nunca defendeu. Outros usam versículos bíblicos, que serão recusados, naturalmente, por ateus. É como o muro, que o inimigo derruba ou passa por cima sem muito esforço, e se apodera dos recursos.

Já os mais experientes não apenas se defendem com argumentos, mas também investigam as críticas (o que vai muito além de dizer “refutar o criacionismo não refuta o teísmo”), além de se comportarem ativamente nas discussões (não apenas defendendo, mas também atacando). É como o forte, que defende atacando, não apenas barrando o acesso. Os espertos que tentarem passar pela área vão receber uma bala de canhão na cara.

Essa última analogia é até interessante, porque é assim que deve ser: devemos manter a defesa focada no ataque do oponente – Ou seja, não apresentar argumentos fora do proposto (lembrando de, caso seja alegação, que seja suportada por provas, senão é melhor ficar calado).

Em suma, é preciso saber o que o criacionismo defende ou não, e não extrapolar isto nas discussões (principalmente sob a forma de alegação sem evidência e de aceitação de falácia/mentira/espantalho apresentado pelo oponente. Estas devem ser evitadas a todo custo!).

E é justamente por isso que é recomendado a todos os cristãos que estudem sobre o evolucionismo científico* – para que neo ateus não possam mais passar a perna utilizando ciência para pregar neo ateísmo. É um bom começo, até porque há alguns poucos que ainda fazem alguns questionamentos e discursos que nada tem a ver com o assunto. Por exemplo, “se nós evoluímos dos macacos, por que é que nem todos evoluíram?” não é e nunca foi um questionamento feito pelo criacionismo.

E por ser um questionamento pessoal de um criacionista, e não representação do criacionismo. Mas o mais curioso é que neo ateus (ou darwinistas fanáticos) chegam a reunir declarações de criacionistas de Orkut para dar a entender que eles representam o criacionismo**. E pessoas que leem isto irão pensar realmente isto.

Tais “refutações” passarão pelo fluxograma a seguir:

Este fluxograma também serve para classificar os argumentos contra o criacionismo, e já ajuda a fazer triagem (para não perder tempo a refutar bobagens).

Isso já ajuda (e muito) a manter o foco nas questões importantes, mesmo quando há similaridades com outras objeções apresentadas, ou até mesmo seja uma mesma objeção utilizada com um propósito diferente (em argumentação).

Por exemplo, um ateu a falar que o fixismo já foi refutado está apenas a falar do óbvio. Não há razão para discussão.

Já um ateu a falar que o criacionismo é falso porque o fixismo foi refutado está a mentir e deve ser informado (bem como sua platéia) a respeito do criacionismo não defender o fixismo, inclusive pedindo as evidências que suportem tal alegação.

Sendo assim, é de se esperar uma defesa dos cristãos quando o criacionismo estiver em discussão, bem como investigação por parte dos atacantes e a exposição de estratagemas erísticos contra o relato da criação. O argumentos contra o criacionismo serão analisados neste blog e refutados de forma que os teístas cristãos possam defender o criacionismo de uma forma racional, bem como será investigado o disfarce científico realizado por neo ateus para “refutar” os cristãos a partir do criacionismo.

*Evolucionismo científico é aquele que pode ser comprovado pelo método científico e pela observação. Isto desconsidera crença de cientistas, consensos, opiniões “da ciência” e apoiados em métodos de fiabilidade duvidosa (como a datação radiométrica). A pregação de ateísmo é disfarçada justamente nestes pontos. Haverá entrada sobre o assunto neste blog.

**Quando o criacionismo é criticado por ateus em geral, é claro que a abordagem é diferente da abordagem em uma discussão teísta. Não é sábio utilizar passagens bíblicas para referir-se ao criacionismo quando se discute com um ateu, porque o ateu simplesmente recusa a bíblia como fonte. Por isso, a forma mais eficiente de defender o criacionismo perante um objetor ateu é invalidar a objeção através da análise seguida da demonstração. Sequer há necessidade de argumentar a favor do criacionismo. É simples. Vocês poderão contar com os exemplos que este blog fornecerá.

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Esta pergunta é feita por muitos teístas (em especial os teístas cristãos evolucionistas). De uma forma mais geral, é uma proposta de investigação do criacionismo bíblico em relação ao cristianismo, e também a respeito de sua validade.

Um detalhe importante é que eles defendem que a bíblia deve ser interpretada metaforicamente, mas não dão razões para isso. Pelo contrário, pedem aos criacionistas que evidenciem a leitura literal – que se trata da leitura contextual.

Mas a investigação do evolucionismo teísta será feita em outra entrada deste blog.

Enfim, as perguntas mais frequentes respondidas.

– Tem o criacionismo respaldo bíblico? Além do Gênesis, é claro…

Resposta: Sim. O criacionismo é referido até mesmo no novo testamento, por Jesus Cristo (Mateus 19:4). Na carta aos Coríntios, Paulo também explica a razão pela qual Jesus Cristo teve de morrer na cruz (I Coríntios 15:21). Nenhuma destas passagens faz sentido sem uma abordagem contextual do relato da criação no Gênesis.

– Porque a leitura literal (contextual) deve ser adotada, e não uma leitura metafórica?

Resposta: A leitura contextual deve ser adotada por ser contextual… Para além disso, são os evolucionistas a terem o dever de explicar razões para não lermos de acordo com o contexto bíblico, mas sim à luz das idéias de Darwin e da teoria sintética da evolução.

– Mas o criacionismo é científico?

Resposta: Não é. Da mesma forma que o naturalismo também não é científico. Mas o criacionismo tem a vantagem de estar de acordo com as evidências científicas, ao contrário do naturalismo, que volta e meia é modificado intencionalmente, para que se conforme.

– Porque temos de considerar o criacionismo e não a evolução?/Se a evolução é real, porque acreditar no criacionismo?

Resposta: O criacionismo e a evolução são parte de um mesmo conjunto das origens, enquanto a evolução for representada pela observação realmente científica. De fato, o modelo criacionista depende de mecanismos evolutivos.

– O que o criacionismo tem de bom? (esta é uma das parvas…)

Resposta: O criacionismo não precisa apresentar “nada de bom” para ser considerado, uma vez que a veracidade do relato não é sustentada pelo que ela traz de bom ou não. Mas, para satisfazer a curiosidade…

  • O criacionismo pressupõe que as formas de vida possuem design avançado, uma vez que foram criadas por Deus. Logo, a observação de seres vivos e suas estruturas como forma de melhorar nossa tecnologia (em praticamente todas as áreas) é suportada pelo modelo criacionista e pelas observações atuais;
  • O criacionismo pressupõe que o homem foi criado com um senso moral derivado de uma moral absoluta (Deus). Isso refuta a moralidade relativa, que surge através de mecanismos evolutivos, e que, por ser relativa, pode ser qualquer coisa;
  • O criacionismo serve para reforçar o teísmo cristão, e como base de várias doutrinas bíblicas (Por exemplo, não matar, não roubar e não cobiçar o cônjuge do próximo – comportamentos que não seriam necessariamente imorais para um “Deus” evolucionista, que “cria” através da evolução, uma vez que a guerra, o saque e o estupro podem ser encarados como mecanismos evolutivos);

– Então para que serve o criacionismo?

Resposta: O relato da criação não serve apenas para explicar como o universo foi criado por Deus, mas também para explicar a razão pela qual Jesus Cristo morreu na cruz. É difícil conciliar uma origem através de evolução ao longo dos bilhões de anos, mesmo que tenha sido guiada por Deus, com a morte de Jesus Cristo.

– Mas eu prefiro o Tedeísmo (Design inteligente). Algo contra?

Resposta: Pessoalmente, não tenho nada contra. Mas lembre-se: O design inteligente só aborda a complexidade dos seres vivos e do universo. Ele não diz nada a respeito do Designer, que o cristão, naturalmente, já conhece – e isto reflete, também, na questão da moralidade, que o cristão também já conhece.

– Mas o criacionismo não é ridicularizado por aí?

Resposta: Sim, mas a ridicularização jamais serve como argumento. A ridicularização é um recurso que pode ser utilizado inclusive quando não há argumentos. E, quando se trata de criacionismo, as ridicularizações são feitas justamente em cima de pontos que o criacionismo não defende (fixismo, anticiência, ensino nas escolas).

Não estou nem aí. Sou cristão e não acredito em criacionismo, acredito na evolução darwiniana e na teoria sintética da evolução como a verdadeira origem dos seres humanos. Deus apenas guiou o processo evolutivo para que símios evoluíssem até nós, como a ciência defende. (Alegação)

Resposta:  Afinal, você acredita que Deus criou a vida através da morte, da fome, da violência, do estupro e de tudo que é imoral, mas pode ser justificado evolutivamente?

Se sim, me desculpe dizer, mas nesse caso você está a acreditar em qualquer outro Deus, menos o que é referido na bíblia.

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Antes de tudo: Este blog defende o criacionismo bíblico, mas não se opõe ao evolucionismo teísta, nem à teoria do design inteligente*. Este blog também apóia o ensino evolucionista enquanto científico.

Criação vs. Evolução?

A relação entre criacionismo e evolucionismo é importante em um estudo sobre origens, até porque muita gente aplica os termos de forma errada (Por exemplo, como se o criacionismo e o evolucionismo fossem duas teorias separadas para explicar as origens da vida).

Ou seja, não há contradição em ser evolucionista** e interpretar o Gênesis de uma forma literal (mesmo que não seja completamente literal).

“Tipos” de criacionismo

Existem vários tipos de criacionismo. O criacionismo defendido por este blog é o criacionismo bíblico, ou seja, o que consta no livro do Gênesis, sob uma leitura mais literal. O criacionismo pode ser considerado:

– Terra jovem: O planeta Terra teria cerca de 6.000~10.000 anos.

-Terra antiga: O planeta Terra teria bilhões de anos.

Outra interpretação do Gênesis, chamada de Criacionismo Progressivo, baseado em uma leitura menos literal do Gênesis, admite que a criação de Deus foi realizada durante milhões de anos. Este também será comentado nesta categoria.

Outras teorias que dizem respeito ao criacionismo bíblico:

– A teoria da lacuna (gap), que colocaria um imenso espaço de tempo entre os dois primeiros versículos do Gênesis.

– A interpretação não literal da semana da criação, que considera os dias da criação como grandes períodos de tempo, nomeadamente, milhões de anos.

Há também criacionismo de religiões não cristãs, que não serão comentados aqui formalmente, embora o autor possa vir a utilizar trechos neste blog.

Interpretação do criacionismo e os argumentos contrários

E o criacionismo bíblico é interpretado de forma equivocada por muitos, que chegam até a criar uma dicotomia entre ciência evolucionista e o criacionismo bíblico. Abaixo mostrarei que tal dicotomia, ou conflito, é completamente inválido, enquanto considerados argumentos científicos.

– Um dos argumentos mais utilizados para separar o criacionismo bíblico da ciência evolucionista é a idade da vida. Pois, segundo o evolucionismo, a vida precisou de bilhões de anos para surgir, e muitos milhões para evoluir, diferenciando-se em todas as formas de vida que conhecemos (plantas, animais, bactérias, fungos etc).

Só que tal argumento se trata de ampliação: O evolucionismo, enquanto ciência, não trata de milhões de anos, mas sim dos mecanismos que causam a diversidade entre as espécies. Ou seja, o que é observado cientificamente.

Tais observações incluem: Adaptação, Especiação, Mutação genética e Seleção natural. Tais observações não contradizem o criacionismo bíblico, pois este não é fixista.

Curiosidade: Nem mesmo a Macroevolução (mudanças ao nível de espécie em indivíduos) serve para contrariar o criacionismo, uma vez que temos vários casos de rápida especiação. Estes serão mostrados no blog, e serão incluídos aqui.

– A geologia também é frequentemente utilizada para refutar o criacionismo, com dois argumentos principais: A datação radiométrica e a coluna geológica, que supostamente provaria que a vida não foi criada como descrito pelo Gênesis.

A datação radiométrica será investigada gradualmente aqui no blog. E será demonstrado porque esta não é fiável, e porque o criacionismo não pode ser refutado por ela.

Mas, por enquanto, um resumo: A medição radiométrica se dá pela medição de isótopos radioativos em amostras de rocha (mesmo quando datam fósseis), levando em conta o decaimento radioativo tabelado. E o motivo pelo qual o método radiométrico não é fiável é justamente o alto número de pressuposições tomadas pelos cientistas.

Algumas delas: Decaimento radioativo constante durante todo o tempo, formação da rocha exatamente como atualmente, ausência de contaminação radioativa, taxa inicial de cada isótopo na amostra, além do naturalismo sob a forma de uniformitarismo, que passa longe de ciência.

Lembrando que geólogos evolucionistas negam o dilúvio, e esta negação é uma negação a priori, ou seja, que não aceitam que a Terra um vez foi coberta de água. Tal posição não é sustentada cientificamente. O Dilúvio também será discutido neste blog.

– Sobre a coluna geológica, farei um texto exclusivo sobre ela. Por enquanto, temos apenas que a coluna não pode ser fiável quando da historicidade da vida na Terra pelo simples fato de existirem fósseis vivos. Isto será discutido em outros textos.

– Outros argumentos que supostamente refutariam o criacionismo seriam os argumentos . Mas estes não seriam válidos porque o Criacionismo não trata da astronomia, mas sim dos seres vivos. Mesmo assim, há quem use até mesmo o Big Bang contra o criacionismo… O Big Bang também será discutido no blog.

– Outros argumentos podem vir como alegações de que o criacionismo não é considerado ciência, de que cientistas criacionistas são minoria, e outros do tipo. Estes argumentos são rapidamente descaracterizados por não terem substância contra o criacionismo.

Conclusão

Então, podemos resumir, por enquanto, que o Criacionismo bíblico não é fixista, não recusa a seleção natural, e está perfeitamente de acordo com as observações científicas. É recomendado que se leia o relato da criação no Gênesis para tirar a dúvida. Este tópico será atualizado mediante a inclusão de novo material no blog.

Para além disso temos que os argumentos apresentados contra o criacionismo são, em sua totalidade, fruto de uso equivocado da ciência e de alegações que são de ordem até mesmo ideológica. E estes, quando apresentados, serão refutados.

Deixando bem claro que este blog não apóia o ataque ao evolucionismo, e muito menos à ciência. Tampouco defende que o cristianismo seja obrigatoriamente criacionista (de acordo com o relato do Gênesis, interpretado de forma mais literal).

*O design inteligente que será discutido aqui diz respeito ao design encontrado na natureza, principalmente nos seres vivos, e não necessariamente à Teoria do Design Inteligente (TDI ou Tedeísmo). Vale lembrar também de que o tedeísmo não é o mesmo que criacionismo.
**O evolucionismo, enquanto ciência observável, não encontra conflitos com o criacionismo descrito na bíblia, embora hajam encenações por parte de alguns evolucionistas naturalistas para dar esta impressão. Por isso, é importante diferenciar o que é científico em evolucionismo e o que não é. Haverá publicação sobre o assunto neste blog.

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